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Lisboa, 13 mai 2021 (Lusa) – A secretária de Estado do Turismo espera que no fórum de alto nível de sexta-feira fiquem resolvidas “duas grandes preocupações” que são o compromisso dos Estados-membros por um turismo sustentável e as linhas de financiamento para essa transformação.
“Diria que da reunião de amanhã [sexta-feira] sairão duas grandes, penso eu, ficarão duas grandes preocupações resolvidas: por um lado, este estrito compromisso de todos os Estados-membros em fazer mais por um turismo mais sustentável, responsável, inclusivo. [..] Por outro lado, também, um compromisso de podermos enquadrar esta transformação do turismo também nas várias linhas de financiamento disponíveis, seja a nível do quadro comunitário de apoio 21-27, mas também no Next Generation EU”, disse à Lusa a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.
Os ministros Turismo da União Europeia reúnem-se na sexta-feira, à margem do Fórum de Alto Nível sobre Sustentabilidade e Turismo, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho Europeu, naquela que é a última iniciativa no que diz respeito ao Turismo.
“Nós tínhamos um objetivo no início da Presidência Portuguesa do Conselho Europeu, que tinha a ver com a possibilidade de fazer aprovar uma agenda para o Turismo 2030/2050 e, evidentemente, que essa agenda tem de ser aprovada depois mais tarde a nível do próprio Conselho. Essa reunião ainda não ocorreu, será no final da nossa Presidência, mas, ainda assim, estamos bem esperançados que possamos amanhã [sexta-feira] dar nota desse compromisso de desenharmos a agenda 2030/2050 para o setor”, acrescentou Rita Marques.
No sentido de financiar a transformação do setor turístico, a secretária de Estado lembrou que existe já um compromisso da Comissão Europeia de “considerar o turismo como um ecossistema como qualquer outro ecossistema industrial”, o que faz com que o setor seja elegível no quadro dos apoios genéricos disponíveis para qualquer indústria.
A governante explicou que em cima da mesa de discussão têm estado duas grandes visões, uma de curto prazo, que se prendeu com a aprovação do certificado verde digital para as viagens internacionais, e uma visão de médio/longo prazo, que tem que ver com o contributo que o turismo pode dar no que diz respeito à sustentabilidade económica, social e ambiental.
“Estou convencida que, com esta reunião amanhã [sexta-feira], damos por terminados e bem terminados os trabalhos da Presidência Portuguesa no que toca ao turismo porque conseguimos, ao longo destes seis meses, resolver estas duas dimensões, a de curto prazo e a de médio longo prazo, como amanhã espero que venha a acontecer”, sublinhou Rita Marques.
A secretária de Estado salientou que a sustentabilidade no setor “sempre foi um tema muito caro a Portugal”, embora o mesmo não aconteça em outros Estados-membros da União Europeia, daí a importância de se alcançar uma política consertada no que diz respeito à sustentabilidade.
A governante referiu que a sustentabilidade toca essencialmente em três grandes temas: a qualificação dos recursos humanos, “o contributo que o turismo pode aportar para a agenda verde, designadamente a nível de eficiência de recursos”, e, por fim, a transição digital, que inclui a partilha de dados que permitam gerir melhor os fluxos turísticos.
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