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  • 25-05-2023 08:28

Martinho da Vila confia numa maior aposta na cultura por parte de Lula da Silva

Martinho da Vila confia numa maior aposta na cultura por parte de Lula da Silva

Lisboa, 25 mai 2023 (Lusa) - O músico brasileiro Martinho da Vila mostrou-se hoje confiante do governo do Brasil de Lula da Silva e disse esperar uma maior aposta na cultura para compensar os “quatro anos muito difíceis” do seu antecessor, Jair Bolsonaro.

Em entrevista à Lusa, por ocasião dos seus concertos em Portugal, Martinho da Vila comentou a situação política no Brasil e destacou a complexidade do trabalho do seu amigo, Lula da Silva, à frente do país.

“Nós tivemos um período difícil, foram quatro anos complicados” e um “Presidente da nação é como se fosse o chefe da família, tem de dar exemplo”, coisa que não sucedeu, disse o músico.

Pelo contrário, Jair Bolsonaro era “grosseiro e mal educado” e “não dava atenção” aos problemas do país, afirmou.

“Felizmente agora já mudou, ele já saiu, já está lá o Lula que é mais acessível, mais alegre, mais ligado à cultura”, disse o artista brasileiro, que tem vários concertos agendados para Portugal nos próximos dias.

“O Lula tem uma missão complicada. Uma coisa é dirigir uma empresa que está andando bem e outra coisa é gerir uma empresa que não está bem” e ele “precisa primeiro de consertar as coisas”, antes de poder desenvolver a sua própria política, considerou Martinho da Vila.

Apoiante de Lula da Silva, que visitou na prisão, Martinho da Vila mostra-se confiante num bom trabalho, nomeadamente na área da cultura e educação.

Lula “é meu amigo e é também ligado à cultura”. Quando “foi presidente [2003-2011], ele não tem uma escolaridade alta, mas deu muito incentivo às universidades, abriu a cabeça das pessoas”, recordou Martinho da Vila.

Em Portugal, Martinho da Vila vai apresentar o seu novo álbum (Negra Ópera) nos coliseus do Porto (26 de maio) e Lisboa (27 de maio), seguindo-se depois a um concerto no Algarve (Fuzeta), a 04 de junho, por ocasião do festival Pé Na Terra.

*** Paulo Agostinho (Texto), António Cotrim (Fotos) e Pedro Lapinha (Vídeo), da Agência Lusa ***

PJA // RBF

Lusa/Fim